Nela observaremos o que existe de comum entre um fato ocorrido na praia de Atalaia em Aracaju, Sergipe e a época da Ditadura. Também vamos tratar de um tópico muito debatido nas últimas décadas que é o uso do aparelho policial de Estado para engendrar e promover a violência e a discriminação. Vale a pena continuar a leitura!!

Homofobia, Medo, violência, polícia e ladrão: A influência dos preconceitos e a falta dos laços de fraternidade no (des)entendimento da (In)Segurança Pública - II
Conheça as outras partes desta reflexão:
http://diversidadeintegrada.blogspot.com/2009/08/homofobia-medo-violencia-policia-e.html -parte 1
http://diversidadeintegrada.blogspot.com/2009/08/homofobia-medo-violencia-policia-e_26.html - parte 3
http://diversidadeintegrada.blogspot.com/2009/09/reflexao-sobre-nosso-desentendimento.html - parte final
parte 2
Passados 45 anos do Golpe Militar (exatamente dia 31 de março de 2009), uma “infeliz coincidência”, que lembra a violência física e psicológica destes tempos ocorreu. Em uma área da Atalaia definida, por alguns, como “gueto gay a céu aberto”. Durante a noite, policiais iniciaram um procedimento de abordagem a suspeitos causando correria e pânico nas areias da praia. A operação foi iniciada com tiros. Em seguida, as pessoas foram submetidas a um “baculejo” a base de tapas e/ou gritos. Os indivíduos abordados foram expostos à execração pública (com adjetivos pejorativos proferidos em alto e bom som) e questionamentos. As perguntas feitas estavam relacionadas à honestidade e a sexualidade dos indivíduos.
A abordagem foi um “estopim” para mobilização de alguns setores da sociedade civil. Essa e outras abordagens policiais agressivas constam num relatório, entregue recentemente às autoridades da Polícia Militar. O documento foi feito por instituições que fazem parte de um Fórum Permanente de discussões e ações chamado “Balcão de Direitos” (que semanalmente se reúne no centro de Combate a Homofobia). Logo depois de receber oficialmente os relatos, o comando da PM manifestou às entidades que reprova abordagens violentas e/ou homofóbicas e colocou a disposição de punir estas atitudes e atuar promovendo cursos para evitar comportamentos baseados em violência e preconceito por parte dos policiais.
A Constituição brasileira não estimula e nem justifica tortura e violência física de nenhuma forma. Porém, idéias, princípios, posturas sociais (individuais e coletivas) preconceituosas e sectaristas impedem a liberdade e o respeito às diferenças e continuam vitimando seres humanos dentro e fora das famílias, corporações militares e instituições civis. Paradoxalmente estas idéias ainda estão presentes na legislação brasileira e em códigos de conduta impedindo a “materialização da vontade constitucional” em nosso cotidiano. Estatutos e códigos militares possuam valores mais atrelados à ditadura que à democracia.
A instituição policial em seus estatutos estimula o respeito às diferenças? ou será que até suas regras alimentam preconceitos e violentam psicologicamente mulheres, homens e gays? Um coronel gay, um policial civil gay, um bombeiro gay como é visto pelos seus colegas? É visto pelo desempenho profissional ou pelo exercício da sexualidade? (se é que é visto)। O que aconteceria se um comando defendesse ser pago pensão ao companheiro de um policial morto em serviço? Ele encontraria amparo legal para tanto? Será que um policial que é gay ao ver seus colegas batendo em outros gays não se sente violentado?
A abordagem foi um “estopim” para mobilização de alguns setores da sociedade civil. Essa e outras abordagens policiais agressivas constam num relatório, entregue recentemente às autoridades da Polícia Militar. O documento foi feito por instituições que fazem parte de um Fórum Permanente de discussões e ações chamado “Balcão de Direitos” (que semanalmente se reúne no centro de Combate a Homofobia). Logo depois de receber oficialmente os relatos, o comando da PM manifestou às entidades que reprova abordagens violentas e/ou homofóbicas e colocou a disposição de punir estas atitudes e atuar promovendo cursos para evitar comportamentos baseados em violência e preconceito por parte dos policiais.
A Constituição brasileira não estimula e nem justifica tortura e violência física de nenhuma forma. Porém, idéias, princípios, posturas sociais (individuais e coletivas) preconceituosas e sectaristas impedem a liberdade e o respeito às diferenças e continuam vitimando seres humanos dentro e fora das famílias, corporações militares e instituições civis. Paradoxalmente estas idéias ainda estão presentes na legislação brasileira e em códigos de conduta impedindo a “materialização da vontade constitucional” em nosso cotidiano. Estatutos e códigos militares possuam valores mais atrelados à ditadura que à democracia.
A instituição policial em seus estatutos estimula o respeito às diferenças? ou será que até suas regras alimentam preconceitos e violentam psicologicamente mulheres, homens e gays? Um coronel gay, um policial civil gay, um bombeiro gay como é visto pelos seus colegas? É visto pelo desempenho profissional ou pelo exercício da sexualidade? (se é que é visto)। O que aconteceria se um comando defendesse ser pago pensão ao companheiro de um policial morto em serviço? Ele encontraria amparo legal para tanto? Será que um policial que é gay ao ver seus colegas batendo em outros gays não se sente violentado?
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