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http://diversidadeintegrada.blogspot.com/2009/08/homofobia-medo-violencia-policia-e.html - parte1
http://diversidadeintegrada.blogspot.com/2009/08/homofobia-medo-violencia-policia-e_16.html
parte 2
http://diversidadeintegrada.blogspot.com/2009/09/reflexao-sobre-nosso-desentendimento.html parte final
parte final
parte 3
Antes de reduzir as questões ao universo policial, vamos lembrar que estes homens e mulheres que trabalham na nossa segurança pública são indivíduos criados em escolas e lares como todos os demais. Desde criança somos bombardeados por informações e noções de Segurança baseada na vingança, no ódio e no extermínio. Desde os desenhos animados, passando por programas de humor indo até os noticiários cenas reais ou fictícias de assassinatos banalizam o ato de matar. Também na infância começamos a ser alimentados e nos alimentar de conceitos anteriores (pré-conceitos) oriundos dos adultos. São os mais velhos que nos ensinam sobre o que é ser mulher, o que é ser homem, o que é ser negro, o que é ser surdo, o que é ser doido, o que é ser cego, o que é ser homossexual, o que é ser rico, o que é ser pobre, o que é ser gordo, o que é ser magro.
Na postura de vida e na luta pela sobrevivência dos adultos encontramos a base de valores sociais que vão influenciar nosso desenvolvimento. A maior parte do tempo tudo acaba por nos estimular a lutar por riqueza, beleza e poder. Felicidade passa a ser sinônimo de um bom lugar de onde tirar dinheiro (que vai desde o emprego formal até o ilícito), ter um carro na garagem (ao menos), uma casa e pessoas para servi-lo (a). Assim muitos entendem ter dinheiro ou fama como o grande objetivo da vida. Daí farão qualquer coisa pra obtê-los. São metas e valores colocados como verdade absoluta a maneira de “viver a vida” vira quase uma “hipnose coletiva”.Será que esta “hipnose” contribui subliminarmente para um ser humano olhar para o outro como se o outro fosse um objeto? Que valores de mundo e que postura de vida alimentam o ódio ao próximo? Em nosso estado, que valores são cultivados no imaginário social que disseminam violência.?
Enquanto não entendermos que a batalha pela paz se dá no campo das idéias os preconceitos continuarão como armas invisíveis alimentando exércitos de soldados sedentos para usufruírem de riqueza material fácil à custa do sangue dos “inimigos”. Um levantamento publicado pela Folha de S. Paulo mostrou que Sergipe ocupa o 10º lugar no ranking de homicídios no país. Aqui, no ano passado a média foi de 26,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Ao realizar em nível municipal e estadual as conferências de segurança pública o poder público demonstra que está aberto a discutir seriamente o assunto com a sociedade civil e demonstra que percebe a necessidade urgente de refazer suas políticas na área.
Recentemente o Secretário Nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri diz ser necessário que os gestores ajam mais com “cérebro e neurônios” do que com “fígado e bílis” e acrescentou: “o senso comum nos pressiona o tempo inteiro para combatermos truculência com truculência. Não somos românticos e sabemos que segurança pública também é feita com repressão, mas com repressão qualificada. E não deve ser este nosso foco central, mas sim ações de prevenção, a inteligência e o pensamento estratégico ”.
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