16 de novembro de 2011

TRAUMAS - Comentários e Reflexões.


Edson Gomes - Traumas

O amor foi a pedra que faltou no alicerce da nação
Esse amor és a pedra que sobrou nessa nossa construção
E o amor que os cantores cantam
Não junta a família
Não soma,não junta a família uo uo uo

Marcelo Bhárreti - Pode-se considerar que o autor coloca o amor como base nas relações enfatizando a ausência deste no âmbito familiar e em nossa cultura, questionando o tipo de amor cantado predominantemente, ou seja, o amor romântico e não o fraternal, que segundo ele é o que realmente integra os laços afetivos em uma família.

Filhos e filhas contraindo traumas
Sexo e drogas, fama e dinheiro
Assunto principal
Sexo e drogas, fama e dinheiro
Notícias do jornal
M. B. - Os traumas contraídos podem ser entendidos como consequência de uma estrutura familiar precária, onde falta amor. Logo, sexo, droga, fama e dinheiro tornam-se o refúgio diante os dramas existenciais neste contexto de família. Por proporcionarem prazeres imediatos, são buscados como saídas para o sofrimento psíquico, apesar de ineficazes em termos de resolutividade das questões essenciais.

Juventude toda perdida
Uma juventude mal dirigida
E mesmo protegido pela polícia
Nós não estamos livres da violência
A juventude toda perdida
Uma juventude mal concebida
M. B. - Numa perspectiva generalizante e pessimista o autor-cantor percebe a "juventude toda perdida". Talvez sua intenção fosse enfatizar, expressar sua angústia diante o que percebe, entretanto vale a filtragem de pensamento e a reflexão: A juventude estaria mesmo toda perdida? Por que não valorizar os pequenos feitos, as pequenas realizações e tentativas? Se trata mesmo de um problema atual e da juventude? O que subjaz os dramas humanos? Enfatizar o negativo não seria uma forma reverência? A música não seria também uma alternativa de influenciação positiva de afetos e comportamentos?

Mesmo protegidos pela polícia
Nós não estamos livres da violência
Que não soma, nem junta uma família
Não soma, não junta, a família
M. B. -  Por que não estamos livres da violência? Será porque a violência está dentro de cada um de nós? Mas o que é a violência e por que recorremos a ela? Para pensar a violência sugiro que recordemos situações em que somos movidos pela violência. O que sentimos? Talvez você recorde que sente uma força muito grande que parece que não dá para contê-la. Não é mesmo? Pois bem! Esta força é uma pulsão de agressividade. E a agressividade não é necessariamente algo ruim se bem utilizada. Inclusive precisamos dela para várias coisas e sobretudo para equilibrar nossos afetos e comportamentos. O que seria de um atleta sem a pulsão de agressividade? E o que seria de nós naqueles dias em que acordamos deprimidos e precisamos levantar e dá uma guinada? Em tudo isso precisamos de agressividade. Entretanto a agressividade mal dirigida, fruto de inreflexão manifesta-se no comportamento violento.

Um comentário:

  1. Homem minha opniao e que sua pessoa deveria apenas trazer o que o autor ou cantor quer trazer e nao fazer comentarios de tal composição . apesar que você deixou claro que era uma suposicao

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