Graduando de Psicologia
Faculdade Pio Décimo
A história da criação humana percorre longos caminhos até encontrar sua origem na gênese onde é relatada a criação do homem e da mulher. Entretanto a criação da mulher teve como peculiaridade o papel de auxiliadora do homem no que tange às tarefas de cuidar do que se havia feito na obra da criação terrena.
O gênero feminino sempre foi visto como um corpo fragilizado, e desprovido de robustez tal qual do gênero masculino, ficava incumbido de gerar a prole e cuidar das lidas nos afazeres do lar e no campo.
Entretanto apesar da visão diminuída da mulher como um ser inapto para ocupar as tarefas de maior esforço, e a depender da cultura à qual ela estivesse inserida poderia lhe ser atribuídas outras características, sempre no tocante à incapacidade ou a uma condição de menos valia na sociedade.
A sociedade através de seus modelos de estruturas patriarcais se apresenta com características bem definidas onde cabe ao homem o papel de decidir e orientar o destino sobre a vida da mulher. Com a idéia de que a mulher carregasse a culpa do pecado original é que se criaram vários mitos acerca do corpo feminino, e destacando um deles, como um ser que sangra todos os meses por conta da desobediência sobre a lei divina.
A mulher tem sido vista através dos tempos como um objeto de adorno e manipulação da vontade do homem. Mas, através das investidas de sua vontade em tentar e conseguir mudar o espaço que ocupa, a mulher tem intensificado a mudança de paradigmas, através da desmistificação de idéias atreladas aos costumes dos tempos idos. Trabalhando de forma igualitária na construção da resignificação dos conceitos e valores da sociedade que ainda possui uma visão macro de que o homem (gênero) é o ser dominante da vida. Entretanto cada vez mais mulheres estão ocupando postos de destaque no cenário mundial através de sua capacidade de compreender o seu próprio universo e também o masculino.
No modelo tradicionalista o homem é provido de muitos poderes tendo em vista que o vigor físico fosse atribuições para um corpo masculino que dependia sempre da força para conseguir se sustentar no comando das execuções e atribuições inerentes ao ser.
Na atualidade o homem começa a observar novas formas de entendimento a respeito de si e também do que ainda está por ser entendido como indispensável para a vida, daí surgiu à compreensão de que ele esteve aprisionado durante muito tempo em mecanismos de auto-afirmação que lhe fora passado como verdade absoluta. Coisas do tipo de que homem não pode expressar sentimentos de afeto por indivíduos do mesmo gênero, cuidar de sua aparência e higiene, não constituir matrimonio pelo o que e passado como união legal entre casais hetero. Coisa desse tipo é difícil compreender tendo em vista que a sociedade contemporânea continua de forma maciça e conservadora muitas vezes em extremo.
A psicologia tem observado que a herança cultural na atualidade continua transferindo seus modelos de valores que prende e enquadram pessoas, como se cada indivíduo tivesse que estar dentro de um sistema previamente rígido e intransferível. Sendo assim um homem masculinizado e hetero estaria dentro de um sistema de enquadramento; outro comportamento seria de um homem não masculino e com comportamentos homossexuais. entretanto vale ressaltar que todos os dois são indivíduos do mesmo gênero porém com comportamento dissonantes a seu gênero biológico.
Acredita-se ainda que pessoas possam ter ligações afetivas do tipo hetero ou homo, e que cada um possa se perceber da madeira da qual esteja orientado. Sendo assim um homem pode ter um comportamento com relacionamento homossexual, e continuar se percebendo heterossexual, porque não é o comportamento em si que vai determiná-lo e sim a sua orientação na maneira como ele se percebe. Vale ressaltar que ambos os gêneros possam apresentar as mesmas características e comportamento, tanto masculino como feminino.
Pode se tirar grandes lições através do respeito mútuo entre as pessoas. Porque o que antes era inaceitável pelo fato de ter sido desconhecido ou tão pouco falado, hoje se faz algo concreto na medida em que se precisam repensar valores para a reconstrução de novos sentidos da humanidade; sem perdermos o que temos em comum, sermos humanos. Meninos ou meninas.
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