22 de outubro de 2009

TEMA DA SEMANA (20.10 A 27.10) - FAMÍLIA

MAS AFINAL O QUE É A FAMÍLIA?



Na semana passada falamos da criança. E ai nos permitimos passear pelo mundo encantado ou conturbado de uma fase de nossa vida que está ligada a um período cronológico de tempo e amadurecimento de nosso corpo. Entedendo-se então que o ritimo de compreensão da vida nesta fase é muito diferente de outras fases.
Essa compreensão boba e simples de que a criança é um ser em formação(constatação que hoje parece óbvia) nem sempre foi assim. E este tipo de compreensão na história de nossa civilização é recente. Antigamente, a criança era vista como um "adulto" em miniatura; ou seja, pode fazer tudo que um adulto faz e até deve fazer tudo que o adulto faz!

O olhar em relação a criança vai mudando na medida que o olhar em relação a família vai se alterando. Então...o que é esta tão falada família. Afinal de contas o que determina este "sentimento" esta noção de família. É mesmo só o sangue e a genética?
e as sociedades e grupos humanos sempre se organizaram assim, tendo como pressupostos os laços sanguíneos?
Que outros tipos de laços podem ser estabelecidos? existe essa possibilidade?


Quantas vezes você vê em um amigo um irmão? Quantas pessoas que não nasceram da mesma mãe e do mesmo pai que você ou são seus primos, tias, ou parentes saguíneos que você adimira e gosta?
Muitas vezes convivemos em afinidades mais com quem não é da "família" co-sanguínea e aí? qual é a nossa verdadeira família?
Eu tenho que ser obrigado a gostar de todas as características do primo, do irmão, do pai e da mãe só porque somos parentes sanguíneos?

Pense sobre isso...
amanhã vamos olhar uma situação, na verdade um assunto de família pouco discutido e compreeendido!



HISTÓRICO

O termo “família” é derivado do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas à agricultura e também escravidão legalizada.

No direito romano clássico a "família natural" cresce de importância - esta fámília é baseada no casamento e no vínculo de sangue. A família natural é o agrupamento constituído apenas dos cônjuges e de seus filhos. A família natural tem por base o casamento e as relações jurídicas dele resultantes, entre os cônjuges, e pais e filhos.[1] Se nesta época predominava uma estrutura familiar patriarcal em que um vasto leque de pessoas se encontrava sob a autoridade do mesmo chefe, nos tempos medievais (Idade Média), as pessoas começaram a estar ligadas por vínculos matrimoniais, formando novas famílias. Dessas novas famílias fazia também parte a descendência gerada que, assim, tinha duas famílias, a paterna e a materna.

Com a Revolução Francesa surgiram os casamentos laicos no Ocidente e, com a Revolução Industrial, tornaram-se frequentes os movimentos migratórios para cidades maiores, construídas em redor dos complexos industriais. Estas mudanças demográficas originaram o estreitamento dos laços familiares e as pequenas famílias, num cenário similar ao que existe hoje em dia. As mulheres saem de casa, integrando a população activa, e a educação dos filhos é partilhada com as escolas. Os idosos deixam também de poder contar com o apoio directo dos familiares nos moldes pré-Revoluções Francesa e Industrial, sendo entregues aos cuidados de instituições de assistência (cf. MOREIRA, 2001). Na altura, a família era definida como um “agregado doméstico (…) composto por pessoas unidas por vínculos de aliança, consanguinidade ou outros laços sociais, podendo ser restrita ou alargada” (MOREIRA, 2001, p. 22). Nesta definição, nota-se a ambiguidade motivada pela transição entre o período anterior às revoluções, representada pelas referências à família alargada, com a tendência reducionista que começava a instalar-se reflectida pelos vínculos de aliança matrimonial.

Na cultura ocidental, uma família é definida especificamente como um grupo de pessoas de mesmo sangue, ou unidas legalmente (como no casamento e na adoção). Muitos etnólogos argumentam que a noção de "sangue" como elemento de unificação familiar deve ser entendida metaforicamente; dizem que em muitas sociedades e culturas não-ocidentais a família é definida por outros conceitos que não "sangue". A família poderia assim se constituir de uma instituição normalizada por uma série de regulamentos de afiliação e aliança, aceitos pelos membros. Alguns destes regulamentos envolvem: a exogamia, a endogamia, o incesto, a monogamia, a poligamia, e a poliandria.

A família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as mudanças religiosas, económicas e sócio-culturais do contexto em que se encontram inseridas. Esta é um espaço sócio-cultural que deve ser continuamente renovado e reconstruído; o conceito de próximo encontra-se realizado mais que em outro espaço social qualquer, e deve ser visto como um espaço político de natureza criativa e inspiradora.

Assim, a família deverá ser encarada como um todo que integra contextos mais vastos como a comunidade em que se insere. De encontro a esta afirmação, [[JANOSIK e GREEN]], referem que a família é um “sistema de membros interdependentes que possuem dois atributos: comunidade dentro da família e interacção com outros membros” (STANHOPE, 1999, p. 492).

INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia#Conceito_hist.C3.B3rico_de_fam.C3.ADlia (RECOMENDO QUE ACESSE PARA MAIS INFORMAÇÕES)


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