Em pleno século XXI, no ocidente, no país referência em desenvolvimento, a lei mosaica "olho por olho dente por dente" faz-se presente na reação norte-americana ao assassinato de Osama bin Laden.
O que há por trás da reação em massa dos norte-americanos? Justiça ou vingança?
Em 11 de setembro de 2001 o mundo se horroriza com os atentados terroristas que matou milhares de norte-americanos. A al-Qaeda declara-se autora dos ataques e os EUA unidos declara "Guerra ao Terror", onde outros milhares de seres humanos são mortos, de um lado e de outro do mundo.
01 de maio de 2011, após uma perseguição de dez anos, o presidente norte-americano Barack Obama anuncia a "suposta morte" de Osama bin Laden, líder da al-Qaeda, e entendido como o maior inimigo dos EUA.
O mundo noticia.
Todo mundo pára pra ver.
Os norte-americanos comemoram.
Assassinatos justificam assassinatos?
Para um país onde existe a pena de morte, talvez predominantemente isto faça sentido.
Mas, quem ganha com o assassinato do líder da al-Qaeda?
O povo norte-americano por ter feito “justiça com as próprias mãos”?
Isto resolve mesmo o “problema”?
O “terrorismo” é mesmo o “problema”?
Se trata mesmo de uma estória de “mocinho e o bandido” e um Super Man salvando o mundo do perigo?
É claro que nada justifica o terrorismo.
Se nos horrorizamos com homicídios por que nos tornamos homicidas?
Quando matar é justificável?
Quando vibramos com a desgraça do “inimigo”, pela maldade que este aja feito, o que nos diferencia dele?
É lamentável a reação norte-americana, assim como é injustificável qualquer atentado terrorista.
É terrível ver um povo vibrando um assassinato, quando deveriam clamar por justiça e não por vingança.
A morte de um só homem não trás a vida de milhares de pessoas.
Mas o mau exemplo evidencia a imaturidade de milhares de pessoas num país referência ao mundo em desenvolvimento.
Onde está o desenvolvimento mesmo?
Na tecnologia avançada?
No poder bélico?
Na política?
No social?
Nas ciências?
Na economia?
Nas artes?
Na justiça?
Onde está o “coração”?
Em 11 de setembro de 2011, chorava-se a morte de seres humanos ou de cidadão americanos?
O que somos?
O que importa?
O que é realmente justiça?
Onde está o respeito à vida?
E o que pensar da intolerância religiosa? Jogar o corpo no mar não é ferir as tradições islâmicas, fosse quem fosse?
Alguns jornais apresentam o slogan mais ou menos assim “Morte de Osama reeleição de Obama”.
Então eu questiono novamente: Quem ganha com a morte de Osama?
E mais:
Osama teria mesmo sido morto?
A quem interessava o exame de DNA compravando ser mesmo o corpo de Osama?
Quem fez?
E por que jogar o “suposto corpo de Osama” no mar?
Que todas estas reflexões e mais outras mais profundas que estas sejam feitas por todos nós!
Inclusive estas:
Quando estou / sou Osama e quando estou / sou Obama?
Quando estou / sou a vítima e quando estou / sou o criminoso?
Estamos mesmo de um lado só?
Somos mesmo uma coisa só?
Quando as sombras se dissipam nem sempre nos agradamos com o que percebemos de nós mesmos, entretanto só pela luz da consciência podemos nos perceber mais que Egos e nos integrar em tudo o que somos, aprimorando nossos “eus” mais elevados educando nossos “eus” mais primitivos, num processo contínuo de constituição do ser para vida em suas múltiplas existências.
Por Marcelo Bhárreti
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