3 de maio de 2011

Osama bin Laden é morto por militares dos EUA - O que há por trás da euforia norte-americana , justiça ou vingança?


Em pleno século XXI, no ocidente, no país referência  em desenvolvimento, a lei mosaica "olho por olho dente por dente" faz-se presente na reação norte-americana ao assassinato de Osama bin Laden.

O que há por trás da reação em massa dos norte-americanos? Justiça ou vingança?


Em 11 de setembro de 2001 o mundo se horroriza com os atentados terroristas que matou milhares de  norte-americanos. A al-Qaeda declara-se autora dos ataques e os EUA unidos declara "Guerra ao Terror", onde outros milhares de seres humanos são mortos, de um lado e de outro do mundo.

01 de maio de 2011, após uma perseguição de dez anos, o presidente norte-americano Barack Obama anuncia a "suposta morte" de Osama bin Laden, líder da al-Qaeda, e entendido como o maior inimigo dos EUA.

O mundo noticia.
Todo mundo pára pra ver.
Os norte-americanos comemoram.

Assassinatos justificam assassinatos?

Para um país onde existe a pena de morte, talvez predominantemente isto faça sentido.

Mas, quem ganha com o assassinato do líder da al-Qaeda?

O povo norte-americano por ter feito “justiça com as próprias mãos”?

Isto resolve mesmo o “problema”?

O “terrorismo” é mesmo o “problema”?

Se trata mesmo de uma estória de “mocinho e o bandido” e um Super Man salvando o mundo do perigo?

É claro que nada justifica o terrorismo.

Se nos horrorizamos com homicídios por que nos tornamos homicidas?

Quando matar é justificável?

Quando vibramos com a desgraça do “inimigo”, pela maldade que este aja feito, o que nos diferencia dele?


É lamentável a reação norte-americana, assim como é injustificável qualquer atentado terrorista.

É terrível ver um povo vibrando um assassinato, quando deveriam clamar por justiça e não por vingança.

A morte de um só homem não trás a vida de milhares de pessoas.
Mas o mau exemplo evidencia a imaturidade de milhares de pessoas num país referência ao mundo em desenvolvimento. 

Onde está o desenvolvimento mesmo?

Na tecnologia avançada?

No poder bélico?

Na política?

No social?

Nas ciências?

Na economia?

Nas artes?

Na justiça?

Onde está o “coração”?

Em 11 de setembro de 2011, chorava-se a morte de seres humanos ou de cidadão americanos?

O que somos?

O que importa?

O que é realmente justiça?

Onde está o respeito à vida?

E o que pensar da intolerância religiosa? Jogar o corpo no mar não é ferir as tradições islâmicas, fosse quem fosse?

Alguns jornais apresentam o slogan mais ou menos assim “Morte de Osama reeleição de Obama”.

Então eu questiono novamente: Quem ganha com a morte de Osama?

E mais:

Osama teria mesmo sido morto? 

A quem interessava o exame de DNA compravando ser mesmo o corpo de Osama? 

Quem fez? 

E por que jogar o “suposto corpo de Osama” no mar?

Que todas estas reflexões e mais outras mais profundas que estas sejam feitas por todos nós!

Inclusive estas:

Quando estou / sou Osama e quando  estou / sou Obama?

Quando estou / sou a vítima e quando estou / sou o criminoso?

Estamos mesmo de um lado só? 

Somos mesmo uma coisa só?

Quando as sombras se dissipam nem sempre nos agradamos com o que percebemos de nós mesmos, entretanto só pela luz da consciência podemos nos perceber mais que Egos e nos integrar em tudo o que somos, aprimorando nossos “eus” mais elevados educando nossos “eus” mais primitivos, num processo contínuo de constituição do ser para vida em suas múltiplas existências.

Por Marcelo Bhárreti

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