4 de fevereiro de 2011

O LOBO MAU - O BEM, O MAL, O BOM, O MAU - CONSTITUIÇÃO HUMANA EM PROCESSO.


O que é o mau e o mal?

O termo “mau” origina-se do latim “malus”, adjetivo que caracteriza a qualidade de ruim, aquilo que não é bom. (prejudicial, nocivo, perigoso, funesto, etc.). 

 Enquanto, “mal” do latim “male”, significa tudo que se opõe ao bem (infelicidade, desgraça, calamidades, dano, prejuízo, inconveniente, imperfeição, aflição, ofensa, doença, etc.).

O que é bom ou mau para mim é também para você?

O que me faz bem ou mal para mim também faz para você?

Como resolver esta questão sem desconsiderar a relatividade inerente à mesma?


Vejamos em que diferentes situações, os termos são atribuídos!

- Desculpe-me, foi mau!
- Fui bem à prova!
- Fulano está mal!
- O dia é bom para colheita!
- Cicrano é um cara do mal!
- Beltrano é um bom funcionário!

Estamos o tempo todo atribuindo qualidades a pessoas, coisas, situações, de forma a darmos uma caracterização ao que percebemos, usando os termos “bom e mau”. Assim como também damos significação às nossas percepções quando usamos os termos “bem e mal”.

Vejamos uma situação!

Quem é o “Lobo mau”?

Do Conto de Fadas é o personagem que ameaça a “Chapeuzinho Vermelho” depois de devorar a “Vovozinha”. Utiliza-se da aparência de sua Vovozinha aproveitando-se da inocência da doce garotinha, que não percebe de imediato o perigo.

Quem são os “lobos maus” de nosso dia-dia?

Pense um pouquinho!

Já consegue associar o título a alguém?

Talvez você tenha pensado em tanta gente, não é mesmo?

Pois bem! Provavelmente você o associou aquelas pessoas que não são ou não foram boas para você em algum momento de sua vida.

Não é difícil encontrar pessoas assim, não é mesmo?

Ah, mas espera ai! Alguma vez você esteve neste papel? 

Nunca foi o “Lobo Mau” de ninguém?

Escute em seu silêncio a verdadeira resposta e cuidado com as autodefesas, pois elas atrapalham a verdade sobre você mesmo!

Será que ninguém nunca lhe percebeu e /ou acusou-lhe de “Lobo Mau”?

Nunca foi prejudicial ou nocivo (a) a alguém?

Difícil não ter acontecido. Acredito! Mas, talvez você me diga e se diga “Mas, eu não tive a intenção”.

Verdade acontece!

Mas, acontece também o contrário, quando sentimos prazer nisto. Quando sentimos “àquela satisfaçãozinha”, quando aquela pessoa que nos prejudicou também “quebra a cara”, ou quando temos a oportunidade de “dá o troco” e damos, sem culpa e /ou remorso.

Vai dizer que isso nunca aconteceu com você? Jure!

Neste ínterim o “mal” e o “mau” andam juntos. Somos, fomos ou estamos sendo o “Lobo Mau” de alguém querendo ou não, toda vez que nossa representação pessoal para outrem ou para si mesmo é do Ser que “é-está sendo” nocivo e / ou prejudicial. Quando adquirimos tal representação significamos também o “mal”, ou seja, a infelicidade, a desgraça, a ofensa, a inconveniência, etc. Logo quando somos-estamos "maus" agimos com maldade, quando somos-estamos "bons" agimos com bondade.

Mas quando não há intenção de sermos “mau” ou da “maldade”?

Não temos controle algum sob a percepção alheia, nem tão pouco com os seus sentimentos. Isto é fato!

Por outro lado podemos gerenciar a constituição do que somos, investindo em nossa maturidade, considerando que não nascemos-existimos “bons”, mas a medida que amadurecemos tornamo-nos em alguns aspectos. E assim fazemos o “bem” para outrem e para nós mesmos.

Podemos dizer, entretanto, que alguém é predominantemente “mau” quando predomina aspectos “ruins” da constituição de seu Ser. 

Agora substitua, sem dano algum denotativo, os termos “bons” e “ruins” por imaturo e terá uma criança, um jovem, que ainda não aprendeu a ser bom, para si mesmo, já que, o que “é-está sendo” lhe trará sempre consequências proporcioanais a qualidade de seus feitos. As pessoas podem até não serem plenamente justas, mas a "Vida" sempre nos ensina, de uma forma ou de outra. É só observar.
Aprendemos a ser “bons”, pela experiência e fazemos o “bem” por consequência. Ou seja, amadurecemos em aspectos constituintes do que somos e nossas ações são reflexo disto.

E o que dizer dos aspectos estruturais de nossa personalidade. Aqueles nossos "defeitinhos", nosso lado "mau", "imaturo", que parece não mudar só porque queremos que mude?
Tudo pode ser aproveitado!

Vejamos que o ciúme é um sentimento desagradável para quem sente e para quem é vítima. Concorda?

Quem é vítima de ciúme percebe o outro como o “Lobo mau” da história. Mas, quem sente ciúme também é vitima do próprio sentimento.

Que fazer então?

Boa pergunta!

Talvez estudando este padrão. Observando todos os aspectos que lhes constitui, tentando aproveitar-lhe no mínimo a energia psíquica que o move à ação.

Vejamos!

Do ciúme pode-se aproveitar o “zelo”. Logo aproveita-se o potencial energético que sufocaria algoz /vítima – vítima, e distribui-se para o máximo de pessoas e / ou situações possíveis.
Exemplo: Uma pessoa predominantemente ciumenta pode torna-se bastante zelosa em suas amizades e em seu trabalho e não restará tanto “gás” para ser extremamente  ciumenta com uma única pessoa, sufocando-a.

Tudo pode ser aproveitado.

O “bem e o mal”, assim como o “bom e o mau” são faces da mesma moeda. 

Quando disseram a Jesus Cristo que Ele era bom, O mesmo respondeu mais ou menos assim: "Não me chames de bom. Bom só meu Pai o É.".

O "Bom Pleno" é o perfeito, assim como a "Bondade Plena" é a perfeição.

Ninguém é perfeito, mas podemos melhorar sempre.

Por Marcelo Bhárreti. 

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