Por definição autoestima é a capacidade de apreciar, importar, e sentir valor por si mesmo. A percepção é um processo psico-sensório-interpretativo, ou seja, percebemos alguma coisa porque captamos estímulos sensórios através dos sentidos, em seguida tomamos consciência do que foi captado e interpretamos psiquicamente.
Por sua vez, o que é interpretado requer uma base referencial de valores e estes são formados a partir das experiências com o mundo exterior desde a infância na introjeção e assimilação dos códigos.
Logo, a autoestima depende da forma como nos percebemos diante deste sistema de valores. Primariamente a base deste sistema é formada ainda na infância.
Como se dá este processo?
A criança, quanto mais nova, mais instintual a é, logo, seus impulsos são direcionados à sobrevivência. Instintivamente sabe que depende dos seus cuidadores e é deles que provém tudo o que necessita e a eles que direciona sua atenção e expecta suas necessidades, reclamando-as.
O instinto, impulso inato, espontâneo, automático e alheio à razão, ou seja, acontece sem a supervisão, ou reconhecimento desta, faz parte do mundo íntimo, da realidade interior do indivíduo. É o que existe de mais seu, de mais autêntico. É a inteligência primária e necessária à sobrevivência e a manutenção da vida. Independem da realidade exterior para se constituir, mas volta-se a ela na satisfação das necessidades primárias, que atendem a vida.
Dois mundos são divisados ainda na infância, um que origina o impulso inato, o outro onde é expectado a saciação deste impulso. Duas realidades vivas que passam interagir estreitamente complexificando gradativamente pari-passe com o desenvolvimento do indivíduo.
A criança sente o impulso e vai buscar sacia-lo neste mundo externo a ela, e gradativamente divisado por ela. É lá no mundo exterior que está a fonte de saciação dos seus impulsos e é nele que irá direcionar suas ações para obtê-lo.
Entretanto, percebe que este mundo exterior lhe confere condições, que impedem o atendimento imediato de suas necessidades e passa processá-lo no sentido de decodificá-lo moldando seus comportamentos conforme os códigos coletivos, do mundo exterior, fonte primária de suas necessidades primárias interiores.
A realidade psíquica exterior é um somatório associado das realidades psíquicas interiores dos indivíduos em constante tensão, mediada por reguladores psíquicos coletivos gerando uma expressão coletiva, que torna a vida em conjunto possível. Esta expressão coletiva, que é pura subjetividade, torna-se conhecível a todos formando um Consciente Coletivo, que se origina a partir da dinâmica intra-psíquica coletiva e que oferta os códigos, representados em modelos referenciais, símbolos e valores a serem seguidos, a priori, para tornar possível a vida em conjunto.
À medida que o ser humano cresce complexifica-se também. Instintos são mantidos, mas deles originam, também, outras inteligências que ao longo da vida também se complexificam e potencializam-se.
São as dificuldades impostas pelo mundo exterior na relação íntima com mundo interior que estimula o desenvolvimento destas inteligências tornando possível a vida e o desenvolvimento maturacional desta.
Quanto mais desenvolvemos inteligências mais nos adaptamos ao mundo e contribuímos com ele de forma positiva, porque passamos a ofertar melhores e variados códigos. Falamos em inteligências porque consideremos a multiplicidade de capacidades humanas. Logo, a autoestima está sujeita a interação e ao grau de desenvolvimento destas inteligências.
Assim, quando estamos com a autoestima baixa significa dizer que estamos nos apreciamos menos, porque nos avaliamos em desacordo com os códigos coletivos, considerando que ao longo de nossa estruturação psíquica tornamo-nos dependente destes códigos para a saciação dos impulsos primários, formas primárias de inteligências e/ou instintos.
Todavia à medida que desenvolvemos inteligências e estas, gradativamente, em graus mais elevados, pelas dificuldades impostas pelo ambiente, passamos tanto a reelaborar estes códigos quanto a criar outros e a ofertar a este ambiente.
Passamos, assim a valorizar uma quantidade variada de códigos e a criar outros, qualificando-os de formas diferentes, servindo-nos de base para o auto-apresso. Não passamos a depender de um número reduzido de modelos dos quais nos referenciamos, introjetamos e associamos a nossa constituição psíquica, mas passamos a recriá-los, a resignificá-los e ampliá-los na trama psíquica individual-coletiva.
Sobretudo, quando passamos a nos compreender enquanto seres em processo contínuo de constituição, passamos a valorizar o Paradoxo da Diferença, que implica em relacionar aquilo que nos assemelha e aquilo que nos diferencia.
Somos seres humanos em processo de constituição, isso nos assemelha, entretanto os aspectos deste processo, é singular, possui o ritmo e configurações próprias, isto nos diferencia e nos torna únicos e especiais ao mesmo tempo.
Considerar o Paradoxo da Diferença pode nos permitir alterar à autopercepção e consequentemente a autoestima, uma vez que potencialmente é ampliada a capacidade de valorizarmo-nos pela diferença mudando o paradigma referencial de outrora.
Tornamo-nos, assim, mais tolerantes ao nosso processo e a do outro, ao mesmo tempo em que nos sentimos mais motivados a aprimorar-se cada vez mais, porque acolhemos nossos aspectos imaturos, e passamos a percebê-los não como algo inapropriado, mas de nossa natureza original pronta a ser edificada e lapidada gradativamente como um diamante bruto, que és precioso em essência e torna-se mais valoroso à medida que é transformado em uma bela jóia.
Por Marcelo Bhárreti
Por sua vez, o que é interpretado requer uma base referencial de valores e estes são formados a partir das experiências com o mundo exterior desde a infância na introjeção e assimilação dos códigos.
Logo, a autoestima depende da forma como nos percebemos diante deste sistema de valores. Primariamente a base deste sistema é formada ainda na infância.
Como se dá este processo?
A criança, quanto mais nova, mais instintual a é, logo, seus impulsos são direcionados à sobrevivência. Instintivamente sabe que depende dos seus cuidadores e é deles que provém tudo o que necessita e a eles que direciona sua atenção e expecta suas necessidades, reclamando-as.
O instinto, impulso inato, espontâneo, automático e alheio à razão, ou seja, acontece sem a supervisão, ou reconhecimento desta, faz parte do mundo íntimo, da realidade interior do indivíduo. É o que existe de mais seu, de mais autêntico. É a inteligência primária e necessária à sobrevivência e a manutenção da vida. Independem da realidade exterior para se constituir, mas volta-se a ela na satisfação das necessidades primárias, que atendem a vida.
Dois mundos são divisados ainda na infância, um que origina o impulso inato, o outro onde é expectado a saciação deste impulso. Duas realidades vivas que passam interagir estreitamente complexificando gradativamente pari-passe com o desenvolvimento do indivíduo.
A criança sente o impulso e vai buscar sacia-lo neste mundo externo a ela, e gradativamente divisado por ela. É lá no mundo exterior que está a fonte de saciação dos seus impulsos e é nele que irá direcionar suas ações para obtê-lo.
Entretanto, percebe que este mundo exterior lhe confere condições, que impedem o atendimento imediato de suas necessidades e passa processá-lo no sentido de decodificá-lo moldando seus comportamentos conforme os códigos coletivos, do mundo exterior, fonte primária de suas necessidades primárias interiores.
A realidade psíquica exterior é um somatório associado das realidades psíquicas interiores dos indivíduos em constante tensão, mediada por reguladores psíquicos coletivos gerando uma expressão coletiva, que torna a vida em conjunto possível. Esta expressão coletiva, que é pura subjetividade, torna-se conhecível a todos formando um Consciente Coletivo, que se origina a partir da dinâmica intra-psíquica coletiva e que oferta os códigos, representados em modelos referenciais, símbolos e valores a serem seguidos, a priori, para tornar possível a vida em conjunto.
À medida que o ser humano cresce complexifica-se também. Instintos são mantidos, mas deles originam, também, outras inteligências que ao longo da vida também se complexificam e potencializam-se.
São as dificuldades impostas pelo mundo exterior na relação íntima com mundo interior que estimula o desenvolvimento destas inteligências tornando possível a vida e o desenvolvimento maturacional desta.
Quanto mais desenvolvemos inteligências mais nos adaptamos ao mundo e contribuímos com ele de forma positiva, porque passamos a ofertar melhores e variados códigos. Falamos em inteligências porque consideremos a multiplicidade de capacidades humanas. Logo, a autoestima está sujeita a interação e ao grau de desenvolvimento destas inteligências.
Assim, quando estamos com a autoestima baixa significa dizer que estamos nos apreciamos menos, porque nos avaliamos em desacordo com os códigos coletivos, considerando que ao longo de nossa estruturação psíquica tornamo-nos dependente destes códigos para a saciação dos impulsos primários, formas primárias de inteligências e/ou instintos.
Todavia à medida que desenvolvemos inteligências e estas, gradativamente, em graus mais elevados, pelas dificuldades impostas pelo ambiente, passamos tanto a reelaborar estes códigos quanto a criar outros e a ofertar a este ambiente.
Passamos, assim a valorizar uma quantidade variada de códigos e a criar outros, qualificando-os de formas diferentes, servindo-nos de base para o auto-apresso. Não passamos a depender de um número reduzido de modelos dos quais nos referenciamos, introjetamos e associamos a nossa constituição psíquica, mas passamos a recriá-los, a resignificá-los e ampliá-los na trama psíquica individual-coletiva.
Sobretudo, quando passamos a nos compreender enquanto seres em processo contínuo de constituição, passamos a valorizar o Paradoxo da Diferença, que implica em relacionar aquilo que nos assemelha e aquilo que nos diferencia.
Somos seres humanos em processo de constituição, isso nos assemelha, entretanto os aspectos deste processo, é singular, possui o ritmo e configurações próprias, isto nos diferencia e nos torna únicos e especiais ao mesmo tempo.
Considerar o Paradoxo da Diferença pode nos permitir alterar à autopercepção e consequentemente a autoestima, uma vez que potencialmente é ampliada a capacidade de valorizarmo-nos pela diferença mudando o paradigma referencial de outrora.
Tornamo-nos, assim, mais tolerantes ao nosso processo e a do outro, ao mesmo tempo em que nos sentimos mais motivados a aprimorar-se cada vez mais, porque acolhemos nossos aspectos imaturos, e passamos a percebê-los não como algo inapropriado, mas de nossa natureza original pronta a ser edificada e lapidada gradativamente como um diamante bruto, que és precioso em essência e torna-se mais valoroso à medida que é transformado em uma bela jóia.
Por Marcelo Bhárreti
eu en cotrei uma pedra trasparente co de agua como eu faso pra sabe qeu pedra e
ResponderExcluirqero sabe da resposta pofavo
ResponderExcluirpor qeu voce nao men deu resposta das minhas pergutas eu presiso de resposta
ResponderExcluirCara leitora, Maria da Conceição.
ExcluirAgradeço sua participação e peço-lhes desculpas pela demora em respondê-la.
Sobre de que trata a pedra exatamente não saberia lhe responder, por não ser especialista em tal assunto, mas posso lhe sugerir algumas reflexões: O que uma pedra transparente cor d'água lhe sugere? E por que a chama atenção? Talvez este evento tenha associações mais profundas e inconscientes, que só no exercício de suas reflexões intimas possa chegar em algumas "respostas" ou quem sabe a novos questionamentos.
Uma pedra transparente cor d'água pode ter significados bastantes diferentes dependendo de quem a observa e do que isso é capaz de comunicar com o inconsciente individual e coletivo.
Espero tê-la ajudado.
Qualquer dúvida escreva para nosso e-mail: diversidadeintegrada@gmail.com.
Marcelo Bhárreti