A Segunda parte da história que narra a Saga de Adriana, uma adolescente que descobre ser portadora do vírus HIV terminou desta forma:
Assim Adriana conheceu José. A partir de uma paquera casual em uma fila de cinema. Dois meses depois deste encontro eles viraram namorados. Quando ela foi fazer o exame de HIV, mentindo para José que estava fazendo exames de rotina – (“coisas de mulher” ela dizia). Disse que queria ver um caroço no seio e para isso disse ser necessário fazer uma biópsia. Sentiu-se muito mal com tudo aquilo. Ao mesmo tempo sentia-se aliviada de só ter transado com José de camisinha; e de não ser muito afoita e ter sido segura e não ir no ritimo dele, que já tinha, umas duas vezes, insinuado querer fazer sem proteção.
Um calor de raiva Adriana sentia quando pensava em uma transa que teve com Alexandre. Ninguém e nada tira da cabeça dela que ele descaradamente simulou que ia ver se a camisinha estourou – disse que não estourou – e tirou-a . Ela também, por sentir que não havia ocorrido ficou com a guarda baixa – ai ele voltou e continuou o ato, foi ai sim depois de um tempo que mesmo sem experiência sexual (já que aquela era a sua segunda transa) ela “sentiu” que ele estava sem proteção e permitiu que ainda continuasse por um bom tempo pois queria de alguma forma senti-lo. Como de repente em sua cabeça passou a idéia de que ela poderia ficar grávida ela parou muito inteligentemente beijando-o e passando a mão por ele até tocá-lo e sentir que realmente ele estava sem camisinha. Brigou com ele (pensou mais em fazer cena e reforçar o gesto para que ele não ousasse repetir nas próximas do que em se prevenir) depois fizeram as pazes e pediu para que ele colocasse outra camisinha e transaram. Ai ele ficou com cara de que saiu vitorioso e ela furiosa consigo mesma, porque não passou nenhuma lição para ele – apesar de ter reclamado. Lembrando do episódio ela realmente tinha mais raiva dela mesma.
Era dia 14 de outubro e estavam próximos da comemoração de 1 ano e seis meses de namoro. Com o exame na mão Adriana pensava: - Que presentão eu ganhei de Deus. Valeu viu!! Valeu mesmo. Tá vendo isso não existe não pode ser. Logo eu que só vacilei uma vez!! Isso é F......... E agora? Se eu falar que sou HIV positivo tudo vai mudar em nossa relação! Ele vai querer me ver longe, vai ser horrível!
Adriana sentiu-se só no mundo. Desprotegida, desamparada. Como falar isso para minha mãe? Como viver com isso?
BEM AGORA QUE RELAMBRAMOS O FINALZINHO DA SEGUNDA PARTE, VOCÊ ESTÁ CONVIDADO A CONHECER GUSTAVO. PERSONAGEM ADIMIRADO PELO NAMORADO DA ADRIANA (JOSÉ) QUE AINDA NÃO SABE QUE ELA ESTÁ COM HIV. NESTA ÉPOCA DE CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL DESCUBRA COMO UM "SIMPLES" VENDEDOR PODE NOS DAR UMA LIÇÃO DE VIDA APENAS POR SER AUTÊNTICO SE ACEITAR E SER ELE MESMO!!
CLIQUE AI E BOA LEITURA
José conhecia Adriana há pouco tempo. Tinha uma enorme tesão por ela, mas o que o fez esperar foi um negócio no coração que deu quando ele a viu lá na fila do cinema. Parecia que a taquicardia iria matá-lo se ele não falasse com ela. A sensação era muito estranha de que ele já a conhecia de muito tempo. Ele resolveu ficar conversando com o colega dele o Gustavo, que trabalhava em uma loja perto do cinema enquanto a esperava. José, gostava demais de conversar com Gustavo era fã dele. Muitas vezes ficava pensando puxa como é que esse cara sobrevive? Tanta gente tenta desfazer dele porque ele é gay e ele nem aí!! O cara é um cueca da por...!
José conheceu Gustavo quando estava comprando uma camisa na loja. Ele e a amiga, Nataly ( ela, como a maior parte de seus amigos do colegial e universidade, o chama de Júnior) estavam sendo atendidos pelo cara, super atencioso e muito descolado. Ele nem tinha notado que o cara era gay. Foi Nataly que disse:
- o que acha Júnior? Dou em cima dele?
- rapaz...eu acho que ele tava olhando para o seus peitos...kkkkk mas quem sabe é tu ué...ele parece ser gente fina. Além do mais consegue atender a gente e também atender aquele casal enquanto o bonitão ali pega no pé dele. O cara toda hora chama o coitado do rapaz para dar explicações a ele! Ainda bem que o outro vendedor ta dando uma força para ele.
O “cara” que o chamava toda hora era o Alexandre. Que apesar de estar na gerência por 6 meses ainda se passava com controle do caixa e toda vez que as peças entravam em liquidação ele esquecia os descontos.
Enquanto Júnior ia para o provador Nataly continuou:
- É semana passada na casa da Augusta teve uma festinha. Lembra que eu te chamei? Ele estava lá dançando, conversando...um sonho. Falando com todo mundo. O cara já leu Kafka, Fernando pessoa, Adélia prado, adora cinema e tem super bom gosto para a música...
- E ai rolou uns malhos?
- Não ele me disse adoraria...mas que se rolasse eram só uns beijos porque ele adora beijar boca de mulher mais é gay.
José caiu na gargalhada. E perguntou:
- E ai o que vc fez?
- Eu morri de rir e fiquei também morta de vontade de beijá-lo mesmo assim. Ai ficamos só conversando e ele depois ficou meio triste. Logo quando o Alexandre apareceu com um carinha lá e a namorada ele resolveu ir embora. Eu notei alguma coisa estranha o rapaz quando notou que ele estava ficou todo vermelho...
- Estranho...o que você acha que foi?
-Num sei. Num tenho a mínima idéia.
- Olha a camisa ficou ótima!!! Veja!
- Ah ta linda!!
- Então compra ela e a calça! A Aninha vai amar!
- Que Aninha rapaz...acorda!! Aninha passou!!!
Nataly fez uma expressão de satisfação e disparou:
- Tem certeza? Não vai ter recaída?
- O que você acha? Porque estou aqui com você? Quero uma mulher que confie em mim não uma patrulha ou uma pessoa paranóica que me afaste das minhas amizades, dos meus compromissos e me queira para ficar guardado feito um soldadinho de chumbo.
- Fico feliz por você ter acordado do sono dos zumbis!! – ela deu uma risada – muitos dos seus amigos quiseram te alertar mais vc estava “cego” de paixão... Agora c quer saber mesmo o que eu penso em relação ao lance do soldadinho?
- Diz...
-Isso ai vc alimentou nela. Porque no início dava pra vc ter continuado sua rotina e estabelecido o território. Só que vc se isolou e depois ficou difícil sair do isolamento e ficava jogando a culpa pra ela....
- Tá bom... vamo mudar de assunto porque eu aindo to bolado com esta história. Eu quero é estrear essa roupa maneira semana que vem no show e a bermuda venho pra o cinema antes e vou descolar outra gatinha!!!
- Ei...galinha!!! Fica ai já ciscando e ainda me diz isso que vai sair à caça, logo eu sua legítima e única esposa fiel...kkkkkkkkkkkkk
- Fiel...sei fiel a sua vontade de devorar corpos!! Kkkkkkkk Vc é tão devoradora que todo mundo acha que a gente já ficou e tem uma relação mal resolvida. Lembra que a Aninha no início pirava com vc.
-Eu entendia...afinal neste mundo em que as pessoas parecem pensar com o “pinto” e com a “perseguida” quando a gente mostra que tem coração e cérebro o restante das pessoas não acham e por isso tentava ser o mais distante possível...
A conversa foi interrompida por Gustavo que trouxe mais duas camisas e outra bermuda. José provou e levou o que escolheu para o caixa. O movimento na loja estava tranqüilo. Não estava lotada, mas também não estava vazia. Além dele que ia comprar haviam mais uns 7 clientes em potencial, sendo que 4 (além dele) já estavam ou tinham passado pelo provador.
Quando estava no caixa, acompanhado por Gustavo, Zé viu uma cena horrenda e pensou: ainda bem que terminei com Aninha porque senão ia ser a mesma coisa. O que ele presenciou foi um casal batendo boca na frente de todo mundo da fila. A mulher dizia:
- Eu não vou te pagar mais que duas camisas!! Vc já tem camisa suficiente. E depois eu sou sua namorada e não a sua mãe.
- Como vc é mesquinha!! Que besteira eu já to cansado de vc se achar a gostosa porque ficou com a grana do marido na separação e se acha a garotinha. Eu vou pagar uma das peças com meu dinheiro...
- Eu não quero – a mulher puxou as peças da mão dele e ele a empurrou para o lado. Toda a loja olhou a cena e o rapaz parecia que ia bater nela ali mesmo na frente do Gerente(Alexandre) que olhava tudo espantado e sem saber o que fazer.
A mulher deveria ter seus 35 e o rapaz aparentava uns 28, só que fazia um estilo bem garotão com camiseta regata, chinelo e era cara conhecida da Night da cidade. Era tido como um “bom vivam” e algumas pessoas comentavam que ele adorava ser “bancado”. Afinal, era herdeiro de uma família da Aristocracia falida da cidade que não admitia ter de “ralar” para conseguir as coisas.
A senhora era uma distinta moça reconhecida e paparicada pelas socialytes. Como dona de uma fortuna, vivia a abrir portas de sua mansão para festas. Porém, como diversas pessoas deslumbradas com status só queria saber de academia, cirurgias plásticas, carro, roupas e compras no shopping. Toda fortuna que o marido, um respeitabilíssimo cirurgião, tinha deixado estava sendo torrada por ela!! Ela não havia feito nenhum investimento do dinheiro a não ser ter aplicado na poupança que rendia para ela uns 3 mil reais em juros por mês. Sendo que o padrão de gastos delas era entre 10 e 15 mil. Em mais 5 anos, se nada fosse feito, ela não mais teria rendimentos de 3 mil e estaria candidata a ser classe C.
A discussão parecia esquentar quando Gustavo corajosamente e educadamente apareceu ao lado dos dois e disse:
- Não é necessário que os dois passem por isso aqui. É melhor vocês conversarem lá fora eu vou separar as peças...
- Saia daqui sua bichinha eu resolvo o meu problema com a minha mulher. Afinal de mulher eu entendo! E pode sair daqui...
Gustavo sentiu a face ruborizar. Uma raiva se apoderou dele e a mão fechou para dar um soco no rapaz. Foi quando ele em pensamento pediu: “ Deus me ajude”. Ai da sua boca saiu em tom normal:
- Querido cliente que eu sou homossexual não deve ser novidade para ninguém desta loja. A novidade aqui é o senhor que se julga homem estar discutindo com sua namorada na frente de todos e submetendo as pessoas a constrangimento. Pelo que eu saiba os clientes que entraram aqui não se sentem constrangidos com a minha opção sexual, mas como o senhor observa as pessoas aqui se sentem mal com grosserias, falta de educação e violência física portanto...
- Qual é...o...
- Ainda não acabei!!! Este é o meu local de trabalho e o senhor com sua grosseria além de agredir os demais clientes se acha no direito de me agredir, sugiro que saia com sua esposa imediatamente e vá esfriar a cabeça!
A esposa morta de vergonha baixou a cabeça. Ele quis engrossar...
-Olha aqui seu vendedor merdinha...eu conheço a dona desta loja e sei aonde você vai parar amanhã...
E se afastando e pegando o telefone da gerencia Gustavo ouvia o rapaz falar enquanto discava para a segurança do shopping. E o brutamontes continuava:
- Eu tenho dinheiro para comprar o que eu quiser!! Minha mulher também e a vida da gente só interessa a gente você não precisa se meter.
- Claro, concordo com o senhor não precisamos nos meter e nem sermos colocados em suas discussões particulares, por isso sugeri que discutissem a questão das compras lá fora e depois retornassem. Em nenhum momento o acusei de ser heterossexual, de ser alto, baixo ou gordo e não usei nenhum adjetivo para qualificá-lo e muito menos o ameacei ao contrário do que o senhor fez. Então sugiro que o senhor acompanhe a Senhora Catia que, por sinal, já está lá fora.
O homem olhou atônito a mulher indo embora pela porta da loja. E esbravejou:
- Isso não vai ficar assim seu mariquinhas...eu vou...
Os seguranças do shopping chegaram na loja. E logo ficaram perto do cliente perguntando:
- O senhor pode nos acompanhar?
-Ah...não acredito – e com raiva o rapaz meteu o pé na porta de vidro da loja e a quebrou. O alarme ecoou pelo shopping e os seguranças o retiraram à força do estabelecimento. Enquanto era carregado ele jurava Gustavo de morte.
José foi um dos primeiros a chegar perto de Gustavo e parabenizá-lo pela sua bravura e iniciativa. Outros clientes fizeram o mesmo. Mas Alexandre, fez o contrário. Disse que ele errou, que a briga dos dois não ia dar em nada e ele criou um escândalo desnecessário. Disse que iria relatar a versão dos fatos colocando que Gustavo acabou incentivando o incidente.
Gustavo já louco para descarregar a raiva e quebrar as vitrines apenas disse:
- Faça isso, faça e vai ser ótimo pois aprenderá a fazer balancete sozinho e não terá mais quem segure a sua incompetência para fechar caixa e controlar a loja. Faça, faça isso agora mesmo! Vou inclusive ligar para a dona agora!
Alexandre nunca tinha visto Gustavo daquele jeito. Enquanto o cara falava ele sentia que cada palavra era como se fosse um murro para ele sentar!! Sentiu-se pequeno e impotente. Quando ia retrucar Nataly apareceu para ele e perguntou:
- Dona Rosa ainda é a dona?
- Sim é ela.
- Ótimo então vou ligar para ela no máximo amanhã e dizer o que presenciei e que fiquei muito surpresa positivamente com a postura de vocês...
- Obrigado!
Depois de ouvir isso pensou: ela deve elogiar o Gustavo e isso não vai bater com a minha versão. Então é melhor eu me aquietar!
NA PRÓXIMA SEMANA O ENCONTRO DE ADRIANA E JOSÉ. SERÁ QUE ELA VAI DIZER QUE É SOROPOSITIVA OU VAI CONTINUAR SE ENROLANDO COM A HISTÓRIA DE UM POSSÍVEL
CÂNCER?
Nenhum comentário:
Postar um comentário