21 de dezembro de 2009

EGOS (Coletivo / Individual) - A quê voz ouvir?

De quantos Egos podemos falar? A que voz devo ouvir?

Uma pergunta meio esquisita não acham?

Mas este pode ser um diálogo, em nível inconsciente que travamos com nós mesmos, e que pode estar servindo de base para nossa auto-definição.
Somos seres sociais por natureza. Temos a necessidade de pertencer a um grupo e dele ser aprovado e aceito. Uma necessidade social, que se associa a outra - a necessidade de sobrevivência da espécie (física/emocional).

A família é o primeiro grupo do qual tomamos contato e expectamos a satisfação de nossas necessidades. Depois estendemos esta busca pelo outro em outras formações grupais como a escola, o ciclo de amizades, etc.

Pelos sentidos, captamos os estímulos sensórios do ambiente, que chegam ao Sistema Nervoso Central como códigos, sendo-os decodificados em áreas específicas do encéfalo, que interpreta-os a partir dos mecanismos que envolvem memória e cognição.

Desde muito cedo, sendo estimulados por este ambiente e expectando a satisfação de nossas necessidades aos membros da mesma espécie, que também integram este mesmo ambiente, aprendemos a concentrar nossa atenção fora de nós mesmos tomando por referência o que é exposto, aceito e aprovado pela maioria.

É assim, que uma espécie de 'Eu Coletivo*' se forma e é esta voz, que o 'Ego Individual*' quando muito imaturo e alheio a própria Essência ouve e se baseia para constituir-se e se definir como pessoa.

Mas e as outras vozes que eu escuto?
Estaria louco?

A voz da razão, a voz do coração, a voz da vontade, a voz da conveniência, a voz do ideal...

Quantas vozes são essas?

Com o tempo e a maturidade, que nem sempre estão associados em uma relação direta, apredemos a distinguí-las e valorizá-las, segundo as reais necessidades, àquelas que não correspondem aos caprichos dos 'Egos', mas a partir da transcedência deste, no atendimento daquilo que é essencial ao patrimônio imaterial do ser - o espírito.

É quando não permitimos a supremacia de apenas uma voz, mas ao conselho delas, que deve perceber quando, como, porque e para quê agir.

Marcelo Bhárreti.

*NOTA DO AUTOR: O texto não tem pretensões científicas, por isso utiliza alguns termos de forma livre, sem o compromisso com a terminologia clássica acadêmica. Como visto em:'Eu/Ego Coletivo'e 'Ego Individual'.

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