16 de setembro de 2009

ETNOCENTRISMO - Reflexão Antropológica - Tema da Semana Diversidade Étnica (15 - 21/09)


O etnocentrismo é defendido como um modo de compreender e atuar diante da diferença tomando-se por centro de referência os próprios valores culturais.
Desta forma, a reação à diferença é sempre para o fenômeno etnocêntrico compreendido como estranha e chocante, outrora ameaçadora por ferir a própria identidade do etnocêntrico.
O “eu” é onde está o possível, o “outro” é estranho e ameaçador. Esta estranheza causada pela constatação à diferença é entendida como ameaçadora e, portanto, a reação obtida como resultado é auto-afirmação de valor, que hierarquiza a diferença qualificando o “outro” como inferior o que num contexto social serve a justifica do discurso de dominação.
Contrapondo-se ao etnocentrismo está a idéia da relativização, que considera as diferenças como necessárias ao processo de identificação de cada grupo social, diferente do etnocentrismo não hierarquiza esta diferença apenas identifica-a.
Os primeiros estudos antropológicos a respeito às diferenças basearam-se nas teorias evolucionistas de Darwin. Assim o evolucionismo biológico e social serviu de modelo para explicar as diferenças.
Tais modelos explicatórios serviram ao discurso das culturas com pretensões dominatórias. A antropologia, por sua vez passou por uma reestruturação. Desvinculando-se da História, mas utilizando-se desta, como de outras ciências optou pela relativização como um recurso necessário e funcional para o estudo das diversas culturas que compõe a humanidade.
Esta nova Antropologia aponta a relativização como um caminho para o enfraquecimento do fenômeno etnocêntrico e para o melhor conhecimento cultural.

Marcelo Barreto
Historiador e acadêmico do Curso de Psicologia

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