18 de maio de 2010

REFLEXÃO DO DISCURSO DA DEPUTADA ESTADUAL CIDINHA CAMPOS

"...A corrupção neste pais está no DNA. Num tá mais aqui, na justiça, onde...no Ministério Público. Está no DNA das pessoas. Elas riem, elas brincam, eu vejo todo mundo gargalhando neste plenário...Quanto mais ladrão, mais querido, mais simpático..."

Este trecho do discurso da Deputada Estadual Cidinha Campos reflete um padrão comum e predominante. Infelizmente predomina ainda o orgulho desse "jeitinho brasileiro", "jeitinho" este corrupto e vergonhoso.

Prevalece a hipocrisia, a falsidade e o egoísmo.
Somos hábeis em reclamar, somos deficientes em iniciativas construtivas.
Reclamamos nossa cidadania, mas queremos "dar de esperto" na fila do banco...
E ainda justificamos nossa omissão com a reprodução de afirmativas generalizantes como:

"Todo político é corrupto"
"Todo pastor é ladrão"
"Todo padre é pedófilo"

Que falta de profundidade quando pensamos assim. Se é que pensamos quando reproduzimos estas afirmativas superficiais.

Falta-nos atitude reflexiva e pragmática em nosso estar - participar no mundo.

Mandaram-me por e-mail este vídeo na intenção de fazer graça.

Entretanto, não vi nada de engraçado nisto, mas de admirável firmeza, combatividade, conexão com o dever e destemor a qualquer prejuízo por parte da cidadã Cidinha Campos.

Confira!





Ai está um exemplo de como deveríamos ser mais políticos , cidadão e menos omissos, covardes e hipócritas.

Precisamos ser firmes e combativos quando a situação pedir, mesmo que isto contrarie nossa necessidade de aprovação.

Mesmo que pareçamos rídiculos ou caricaturados...

Mesmo que nos exponhamos aos leões.

Nenhuma mudança aconteceu de fato na história das civilizações de forma passiva e omissa.

Transformação requer conscientização, iniciativa e esforço para vencer a si mesmo dos maiores inimigos que podemos ter.

Quantas vezes somos omissos diante situações que pedem uma atitude mais participativa de nossa parte?

- Ah! Mas eu não gosto de política...

Então se for possível deixe de existir. Como isto não é possível sofras as consequêcias da auto-exclusão.
E se for preciso se sature do padrão de sofrimento em que se encontra se sentindo vítima do "mundo cruel" até perceber que querendo ou não vivemos num mundo integrado, a parte frouxa que se auto-alineia sofre a pressão do dinamismo da Existência Coletiva.

Está achando que está tudo errado?

- Começe a mudar o mundo a partir de você mesmo.

Não se dê desculpas - Trabalhe, movimente-se, participe!

Não podemos continuar estáticos quando o mundo pede uma participação mais ativa.

Precisamos limpar a podridão dentro de nós mesmos reconhecendo a sua existÊncia. Transformando os dejetos putrefatos em adubos, ou em combustíveis para novas missivas.

Precisamos dar luz às sombras de nós mesmos, acolhendo nossos aspectos sub-humanizados dando-lhes oportunidades de maturação com trabalho direcionado na edificação de um Ser mais integrado psicologicamente e coletivamente.

Por Marcelo Bhárreti

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